O cenário dos jogos no Brasil tem mudando drasticamente nos últimos anos. Em 2014, por exemplo, já éramos o 11° país que mais investe em jogos de acordo com dados revelados pela Newzoo.
Atualmente o desenvolvimento de propostas criativas nacionais vem sendo amplamente comentado pela mídia internacional, games como “Toren” desenvolvido pela Swordtales, e “Aritana e a pena da harpia” da produtora paulistana Duaik, demonstram o potencial artístico e inovador que possuímos. Para quem deseja entrar no ramo dos jogos digitais a notícia é boa: cada vez mais haverá incentivos e opções.
Jogos são cultura, sim!
Um dos incentivos à produção nacional foi a portaria aprovada em 2011 que incluiu o desenvolvimento de games como parte das verbas da lei Rouanet de apoio a cultura, o que em termos práticos significa que propostas de criação de jogos podem receber incentivos governamentais. Foi o que aconteceu com o desenvolvimento de “Toren”, o primeiro game financiado com a ajuda lei Rouanet e lançado em 2015.
Em entrevista ao site “o Player 2” o designer Alessandro Martinello, relata como foi o processo:
“A Swordtales ficou cerca de um ano trabalhando no jogo sem nenhum tipo de incentivo, e estávamos ficando sem opções. Foi quando nós decidimos tentar a Lei Rouanet, e nosso jogo foi amplamente aceito como cultura. Parte disso se deve aos vários prêmios que ele ganhou, como o E-games 2012 de melhor jogo, finalista do Indiepub europeu em arte, e o mais importante, menção honrosa em arte pelo IGF, o maior festival de games indie do mundo. Após termos conquistado respeito e confiança a ponto de podermos portar o game até para o PS4, nos unimos à publisher Versus Evil (The Banner Saga) para nos ajudar com o marketing do jogo e sua distribuição.”
O precedente aberto pela Swordtales é um golpe de ar fresco no ambiente brasileiro de jogos, e o melhor é que o incentivo tende a se repetir com outras propostas pela notoriedade do título em âmbito internacional.
Propostas no mercado de jogos
O mercado de jogos independente cresce em todo mundo, e é natural que desenvolvedores se encontrem para a idealização de projetos que felizmente alcançam uma qualidade até então impensada. “Aritana e a pena da harpia” desenvolvido pela produtora independente Duaik, e ganhador do BIG Festival (Brazil's Independent Games Festival) é um dos representantes bem icônicos do seguimento independente brasileiro.
Para muitos, o mercado independente é uma maneira bem interessante de começar, inclusive a projeção de pequenos games em estilo SNES criou uma onda em desenvolvedores que começaram a criar novas versões para clássicos como o tradicional PAC-MAN.
Estúdios e produtoras nacionais
Com o aumento da qualidade de cursos profissionalizantes na área de jogos, uma rede contatos se estabelece entre profissionais da área, e não raramente a formulação de novas desenvolvedoras nacionais acontecerá. O mercado segue o fluxo das especializações, embora o Brasil ainda esteja engatinhando no ramo e haja a tendência de procurar, pesquisar e desenvolver individualmente só pela paixão, cursos na área vão fazer toda a diferença para os profissionais que desejam dar um passo a mais tanto no mercado nacional quanto no exterior.
Você já conhece a nossa formação de game designer? Acesse para saber mais sobre o curso.