De acordo com pesquisa realizada pela empresa Homo Ludens, o mercado de jogos eletrônicos cresceu em todas as cinco regiões do país entre 2013 a 2018. Os dados preliminares fazem parte do 2º Censo da Indústria Brasileira de Jogos Digitais, que foi apresentado pelo Ministério da Cultura durante a feira Brazil’s Independent Games Festival (BIG Festival) de 2018, em São Paulo.
O estudo revela que nos últimos cinco anos o número de estúdios de desenvolvimento de games no Brasil passou de 142 para 375 e que somente nos últimos dois anos foram produzidos 1.718 jogos no país, 43% deles desenvolvidos para desenvolvidos para dispositivos móveis, 24% para computadores, 10% para plataformas de realidade virtual e realidade virtual aumentada e apenas 5% para consoles de videogame. Também foi revelado que deste total, 874 jogos foram de conteúdo educativos e 785 voltados ao entretenimento.
Outros dados interessantes compartilhados apontam que a Região Norte do Brasil foi a que mais cresceu, passando de 2 para 10 estúdios produtores de games (um crescimento de 400%). A Região Sudeste ampliou de 77 para 196 o número de empresas. Já as regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sul passaram de 20 para 61, de 8 para 31 e de 35 para 77 estúdios, respectivamente.
Apesar das empresas de games ainda serem ambientes predominantemente masculino, foi constatado que a participação de mulheres na indústria triplicou desde 2013, representando hoje 20,7% dos funcionários.
A pesquisa também demonstrou uma carência na diversidade de raças e gênero. Dos 2.731 trabalhadores da indústria, apenas 273 são negros, 24, indígenas e 12, pessoas trans. Somente oito estúdios têm, como sócias, mulheres afrodescendentes.
Por fim, o estudo mostrou que dispositivos móveis, celulares e tablets ainda lideram como plataformas mais utilizadas para a criação de jogos digitais, com 61% da preferência.