Qual o seu game preferido? Seja qual for o título, provavelmente a trilha sonora veio à mente na mesma hora, certo?! ;)

As músicas são parte fundamental de um jogo, sendo responsáveis por compor parte da narrativa, enredo e emoções existentes em uma história. Mas se hoje existem orquestras enormes gravando músicas para jogos, em um passado não tão distante a história era bem diferente. Nos anos 70 e 80, as formas de armazenamento de música eram fitas cassete e discos de vinil, mas esses materiais eram muito caros e frágeis para serem utilizados em uma máquina de arcade. Sendo assim, a música nessa época acabava sendo monofônica, repetitiva e às vezes ela simplesmente não existia. Em alguns casos, ela era utilizada apenas na tela de abertura dos games e em partes cruciais do jogo; como em Pac Man, lembra?

Nessa época, a música deveria ser transcrita em um código de computador por um programador, mesmo que o cara nunca tivesse tocado um violão na vida. E geralmente, as máquinas de arcade e console conseguiam tocar no máximo duas notas. Um dos primeiros consoles a quebrar essa limitação foi o NES, apelidado carinhosamente de Nintendinho aqui no Brasil, que podia tocar até 5 notas ao mesmo tempo. E foi lá que saiu uma trilha que todos conhecem só pelos 5 segundos iniciais. ;)

Super Mario Bros.

A música do encanador mais famoso dos consoles foi criada por Koji Kondo, em 1985, e é uma das provas de que mesmo com as limitações técnicas, existem diversas obras de arte nos games.

The Legend of Zelda

Esse é um título que todo nintendista tem em seu coração. E Koji Kondo também foi o criador da trilha que embala os primeiros jogos da série. E cá entre nós, quem nunca tentou tocar o tema de Ocarina of Time na Flauta Doce? ;)

Chrono Trigger

Os games RPG’s sempre têm trilhas marcantes. Um dos melhores é Chrono Trigger, que revolucionou em termos de história, gráficos, sistemas de batalhas e também na trilha sonora. E o jogo ainda possuía múltiplos finais. Um clássico, concordam?! =)

Sonic The Hedgehog

Quem viveu nos anos 90 se lembra da guerra entre Nintendo e a Sega, certo?! E essa batalha também foi dura de decidir no lado musical. A Sega utilizava o chip Yamaha YM2612 no Mega Drive, que era considerado inferior em relação ao Sony SPC700, processador de áudio embarcado no Super Nintendo. Mas olha, nem dá pra perceber a diferença, concordam?

Um exemplo disso é a música de Green Hill Zone, a primeira fase de Sonic The Hedgehog, não sairá nunca da mente de quem teve um Mega Drive. Ela foi criada por Masato Nakamura, que utilizou um computador de modelo Atari ST para criar as músicas. Mas como o hardware era diferente do Mega Drive, os programadores precisaram recriar a música, nota por nota. O resultado ficou levemente diferente em algumas faixas, mas sem deixar de ser genial!

Uma curiosidade que poucos sabem é que em Sonic 3, o compositor foi nada menos que Michael Jackson. Essa história permaneceu em sigilo até 2009, quando Brad Bruxer, que levou os créditos da trilha, assumiu que Jackson teria trabalhado secretamente no jogo. Ele ainda afirmou que Michael nunca assumiu isso, pois os consoles não permitiam uma boa reprodução do som e ele achava isso frustrante.

E várias músicas do game têm sequências que lembram músicas do Rei do Pop. A mais parecida é Jam, com a trilha da fase Carnival Night Zone. Veja se não parece. =)

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Street of Rage

Nada melhor para conduzir um dos melhores jogos de luta de rua da história, como baixos pesados, sintetizadores marcantes e bateria eletrônica nervosa. Seu criador foi Yuzo Koshiro, que era um compositor de destaque na cena da música techno e house no Japão. Seu trabalho foi tão importante que ele foi o primeiro compositor de videogame a ter o nome estampado na tela de menu do jogo.

Em Streets of Rage 2, Koshiro contou com a parceria de Motohiro Kawashima. Mas os frutos da parceria foram mais marcantes em Streets of Rage 3, que tem uma pegada ainda mais agressiva, e que teve como objetivo ilustrar a violência presente na tela.

Halo

Como você sabe, Halo é um dos games de maior sucesso do Xbox, o console da Microsoft. Mas a primeira vez que o clássico tema tocou foi na MacWorld Expo de 1999. Sim, um evento da Apple! ;D

Quem a criou foi Martin O'Donnell, diretor de áudio da Bungie. Mas antes de trabalhar com a série de Master Chief, Martin era um compositor de jingles de rádio e trilhas para filmes. Em 1997 ele criou a trilha de Riven, um puzzle de aventura que foi a sequência do clássico Myst. Logo em seguida, a Bungie o chamou pra trabalhar com Myth, e após isso ele acabou ficando no projeto de Halo.

A música criada por O’Donnell foi tão marcante que até em Halo 3, o tema foi o mesmo. Hoje Martin O’Donnell continua na Bungie e é um dos responsáveis pela trilha de Destiny, onde trabalhou com Michael Salvatori, C Paul Johnson e Sir. Paul McCartney!

Em Halo 4, a Bungie deu lugar ao 343 Industries na produção do jogo. E com isso, o clássico tema também deu lugar a uma nova composição feita por Neil Davidge, produtor do Massive Atack. Para dar vida a sua composição, Davidge reuniu um coral de 16 tenores/baixos masculinos, 10 vocalistas búlgaras e uma orquestra de 50 músicos.

Confira um pouco do resultado.

Journey

E quando a trilha sonora de um jogo é indicada ao Grammy? Foi isso que aconteceu com Journey, algo que nunca tinha rolado com nenhum jogo! E pra sentir o peso da responsabilidade, ele estava na mesma lista que “As Aventuras de Tintin”, de John Willians, “Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge”, de Hanz Zimmer e “A Invenção de Hugo Cabret”, de Howard Shore.

A música foi feita por Austin Wintory, que já tinha a trilha de flOw em seu currículo, um jogo independente feito para a tese de mestrado de Jenova Chen, que fazendo tanto sucesso, acabou entrando na PSN do PlayStation 3 e venceu o prêmio de "Melhor Jogo para Download no Game Developers Choice Awards de 2013.

Em Journey, a trilha composta por Austin gira em torno de um grupo de cordas composto por cello, baixo, flauta alta, harpa e viola, além da Orquestra Sinfônica Macedonia Radio e alguns efeitos sonoros. Para muitos, este é um exemplo de trilha que faz parte da narrativa do jogo. Veja um pedacinho da gravação de uma das músicas.

The Elder Scrolls V: Skyrim

Um dos jogos mais épicos dos últimos anos é Skyrim. A história se passa em um universo nórdico, com paisagens inspiradas na Nouruega, um ambiente que pede uma música ÉPICA! E a trilha sonora composta por Jeremy Soule cumpre bem esse papel, tanto em sua música tema, quanto em todas as outras melodias.

Mas quem estava ansioso para o game na época de seu lançamento, com certeza tentou decorar a letra do trailer, que é cantada na língua dos dragões, um idioma criado, exclusivamente, para o jogo!

E aí, qual dessas é a sua trilha preferida? Deixe pra gente nos comentários e fique no aguardo, pois semana que vem é a vez de falar sobre as melhores músicas que estão presentes nas trilhas dos jogos. ;)